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Tubarão Baleia

Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular  - 11º ano - 2023

Ética Prática

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Direitos dos animais- tubarão baleia em vias de extinção

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    A reflexão sobre os direitos dos animais surgiu a partir do facto de grande parte das pessoas pensar que os animais não têm de ser necessariamente protegidos. Este pensamento deriva da ideia de que só precisam de ser protegidos, cuidados, seres vivos que são conscientes de si, da sua história pessoal, que têm impressões que sabem interpretar e colocar em redes conceptuais (seres humanos). Logo, eis a questão, os animais são seres conscientes de si, da sua autobiografia e das suas impressões?

Segundo Aristóteles, os animais possuem alma sensitiva, mas não uma alma intelectual, já que esta pertence apenas aos humanos. Assim, os animais não merecem qualquer consideração moral.

   

  Noutra linha de pensamento (Utilitarismo), o filósofo Jeremy Bentham (1748 – 1832) defendeu que não há motivo para haver diferenças entre os animais e os seres humanos, pois o que realmente importa é a senciência, e não a racionalidade. Logo, não interessa se os animais são irracionais ou se não têm a capacidade de refletir ou de verbalizar sobre o que está a acontecer, mas sim que podem sofrer ou sentir prazer.

Atualmente, o filósofo Peter Singer (nascimento:1946) que é conhecido pelas suas obras de Ética Prática, aborda o problema dos direitos dos animais, acreditando que tanto os animais como as pessoas são seres sencientes, ou seja, são capazes de ter e sentir sensações e impressões. Contudo, só alguns animais como os golfinhos, os gorilas, as baleias e até os tubarões baleia poderão ter consciência de si, adquirindo um estatuto de pessoas não humanas, logo com direitos próprios. Lança, ainda, uma ideia importante sobre um novo imperativo a pôr em prática com todos os animais: minimizar o seu sofrimento e maximizar o seu bem-estar. 

   

    Durante séculos, os animais foram vistos como “coisas”, seres sem direitos, ou seja, foram vistos como meros meios, porque os seres humanos consideravam-se superiores a qualquer outra espécie. A mentalidade da sociedade mudou, o preconceito especista de que somos superiores aos animais, diminuiu, nos últimos tempos. Porém ainda observamos a extinção de diversos animais, como por exemplo, do nosso querido tubarão-baleia. Este animal, conhecido por nadar em águas específicas, está em risco de extinção devido, sobretudo, à procura pela carne, pelas barbatanas (utilizadas na produção de sopas afrodisíacas e medicinais), pelo óleo e pela pele usada para criação de malas. Vemos que esta espécie é altamente valiosa para o mercado internacional e é esta a principal ameaça à conservação destes animais.

   

   Como já foi referido, os animais têm direitos, mas no caso dos animais em via de extinção, o respeito pelos seus direitos deve ser mais exigido e exigente. Por estarem em vias de extinção e pelo princípio da maximização do seu bem-estar, os tubarões-baleia ganham um estatuto moral e proteção legal.

Em pleno século XXI é facto que vivemos num mundo livre, onde a liberdade conta tanto para nós seres humanos, como para os animais. Afinal de contas, a Terra não nos pertence, então não temos o direito de agredir espécies apenas por nos acharmos superiores. Ou seja, todos (seres humanos e animais) temos direitos!

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